Não podendo mudar tudo do mundo num único instante… poderemos dar pequenos passos rumo a um mundo melhor para todos
Segunda-feira, 15 de Março de 2010

"Do rio que tudo galga se diz que é violento. Mas ninguém diz:violentas as magens que o comprimem"

 

Brecht

 

Sobre os sócrates dos afectos e sobre as relações que se querem profundas, verdadeira e afectuosas... com uma pequena nuance virtuais: o fim dos afectos e o fim do feminismo!

Mais uma vez, Inês Pedrosa escreve-o, como ninguém:

«Tamborilam o amor ao de leve nas teclas dos telemóveis e dos computadores, pianos sem som nem alma nem cordas. Criamos uma geração apavorada com os sentimentos, os compromissos, a decepção e o sofrimento. Uma geração de vitoriosos solitários, que foge do calor do abraço  procura as palmas da multidão. Com quem aprendeu esta geração a querer tão pouco?»

Leitura completa aqui.


Sábado, 18 de Julho de 2009

Sempre que vou dar sangue ouço médicos e enfermeiros queixar-se da falta de dadores dados os níveis de procura de sangue, especialmente neste altura do ano! Perante isto, hoje as notícias davam conta da proibição dos homosexuais darem sangue... Como se não bastasse o preconceito, ainda são os homesexuais homens... Como se a homosexualidade fosse uma doença, uma tara ou uma panca (ou se quisrem pancada) e não o que verdadeiramente é, uma opção sexual, tal como a heterosexualidade.

 

Transcrevem-se de seguida duas opiniões que li num dos muitos "fóruns" anexos às notícias publicaas nos principais órgãos de comunicação social:

 

«Ser homosexual não é um comportamento mas sim uma característica pessoal. E um homem heterosexual não tem comportamentos de risco? Proibir alguém de doar sangue por ser homosexual é pura e simples discriminação. Apenas motivam os homosexuais que querem dar sangue a mentir, dizendo que são heterosexuais.»

 

«Ainda bem. Dar sangue quem é uma aberração da natureza?»

 

 

Frei Rosa Viterbo dizia: "a ignorância é fontanal origem de todos os erros." Mas não há ignorância que possa ser camuflada com tamanho preconceito.

 

Homossexuais proibidos de doar sangue

 

Não desperdicem o fim-de-semana a pensar nisto! Mas que tem muito que se lhe diga tem! Sejam felizes!


Quinta-feira, 09 de Julho de 2009

 

Eu que até estava a conseguir controlar o impulso de dar ao dedo e escrever qualquer coisita sobre o nosso Cristiano Ronaldo... Depois de ler o que li, não resisto em reproduzir parte do que foi lido:

 

«Já ninguém pensa em remunerar com fama os cientistas, ou os músicos, até num país, como o nosso, que tem entre as suas poucas glórias o facto de eleger um poeta como símbolo do seu dia nacional. A vida não se faz apenas de altos desígnios, da grandeza da ciência ou da genialidade das artes. A vida faz-se também com paixões prosaicas como as que os grandes dribles ou remates de Ronaldo proporcionam. Mas uma coisa é exaltá-lo no seu palco, no relvado onde exprime o seu talento. Outra é pegar nesse talento para o transformar numa espécie de Deus vivo cujos gestos mais ínfimos têm de merecer a nossa atenção.»

 

Podem ler a crónica na sua totalidade na página do Publico online. E já agora se se quiserem divertir ainda mais poder dar uma espreitadela aos comentários!

publicado por M.M. às 20:00

Terça-feira, 16 de Junho de 2009

Hoje ao regressar do trabalho e porque é certo que às "horas certas" a rádio nos presenteia com as notícias... nada como inspirar bem fundo para "aguentar o tranco" (ou algo do género, como dizem os nosso amigos brasileiros!), aumentar o volume e ouvir...

 

Tudo isto para dizer que entrei em estado de choque com o choque =) da Associação Nacional dos Empreiteiros das Obras Públicas, depois de se adiar a decisão de decidir o (in)deciso processo da alta velocidade em Portugal! O choque nem foi tanto pelo choque do troglodita empreiteiro que ouvi a falar, mas por existir em Portugal tal associação. Fiquei na dúvida! Terei ouvido bem? Associação de quê? No final da dita audição... confirma-se: Associação Nacional dos Empreiteiros das Obras Públicas! O choque deixou de ser choque e começou a ser um misto de indignação....

 

Em que país primeiro-mundista há uma associação com tal nome! Em que país desenvolvido se cria uma associação que congrega os trolhas-cheira-cus-dos-grandes-elefantes-brancos criados pelos sucessivos governos....

 

 

Imagem retirada daqui.

 

E agora por falar nos ditos elefantes brancos... Lembrei-me! Será que se não existisse esta associação deixaria de haver obras públicas sempre entregas às mesmas grandes empresas de construção? Se na política se joga ping-pong entre os "socialistas"... nas obras públicas parece acontecer o mesmo.... não vão as comadres chatear-se e depois saberem-se as verdades!! Não fossem as sub-contratações, na maior parte das vezes completamente fora da lei até acreditaria que os elefantes deixassem de ser brancos.... e passassem a ser pura e simplesmente elefantes, enormes, trombudos e completamente out da realidade portuguesa.... não sendo assim, continuaremos a ter em Portugal grandes investimentos que mais não servem do que para "por o nome" dos ditos "socialistas" na história das grandes obras públicas.....

 

Alguns elefantes brancos da história, que ficam na história por não terem grandes histórias... mas que não saem da memória! Cahora Bassa e Alqueva... isto para referir apenas duas que meteram água, literalmente! E muita... mesmo!


Quinta-feira, 23 de Abril de 2009

JN escreve no seu blog:

 

«Vocês não vêem o telejornal da TVI à sexta-feira? Aquilo é uma caça ao homem, é um espaço noticioso feito por ataque pessoal movido por ódio», disse José Sócrates, depois de ter afirmado que não processou jornalistas mas sim pessoas que o insultaram. Quem não gostou foi Manuela Moura Guedes. A senhora que gosta de dar a sua opinião e emitir juízos de valor, dando pouca importância à imparcialidade que um jornalista deve ter, decidiu processar José Sócrates pelos seus juízos de valor quanto ao seu trabalho.

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Angel Boligan, «El Universal»

 

 

Eu assino por baixo.

 


Terça-feira, 21 de Abril de 2009

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Ares, «Cagle Cartoons»

 

 

Ban Ki-moon, disse na abertura da conferência sobre racismo em Genebra, na Suíça, estar «profundamente decepcionado» com o boicote promovido por vários países ao encontro, visto por alguns como um palco para a promoção de anti-semitismo.

O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad não desiludiu quem assim pensou. Diplomatas de países europeus abandonaram a reunião durante o seu discurso depois que ele descreveu o governo de Israel como um «governo racista» e afirmou que o boicote «decorre da arrogância e do egoísmo e está na origem dos problemas no mundo». Criticou ainda o direito de veto dos cinco países que integram permanentemente o Conselho de Segurança da ONU, que considerou «injusto e discriminatório» e que «não ajudou em nada para solucionar os problemas no Líbano, Gaza, Iraque, Afeganistão e nos conflitos africanos.»

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Petar Pismestrovic, «Kleine Zeitung»

 

Era mais do que óbvio que o Sr. Ahmadinejad, que nega o Holocausto e pede o fim de Israel, iria promover (ou algo semelhante) o seu anti-semitismo. E que com ele poderiam aparecer outros. Mas e depois? O assunto do racismo não continua a ser um problema dos nossos dias? Talvez merecesse ser debatido por todos.

Fonte.


Segunda-feira, 30 de Março de 2009

Há sempre alguém a denunciar pressões, há sempre alguém a dizer que mais tarde (se for obrigado ou não) dirá quem são os agentes de pressão. Vivemos num Estado em estado futebolístico onde alguém está sempre disposto a moralizar e a contar toda a verdade, mais tarde. A receita é simples; como já existe um estado de desconfiança mais ou menos justificado — a suspeição está gravada nos genes dos portugueses — atiram-se para o ar mais fontes de suspeita, as pressões. Seria agradável se por uma vez, uma vez, os pressionados dissessem (finalmente) quem são os tais agentes de pressão; aliviava-se muito neste país.

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Angel Boligan, «El Universal»

 

Fonte.


Quinta-feira, 05 de Março de 2009

O PODER LOCAL

Os autarcas nacionais têm sérias razões para andar preocupados. O(s) seu(s) poleiros andam a ser invadidos por aves raras, que não sabem o que é a política ou a vida local, mas sabem perfeitamente o que é representar e jogar em várias frentes de batalha... veja-se o recente caso daquela douta senhora que anda pelos lados do Porto. Como a arte de fazer política está a ser invadida por verdadeiros fazedores de opinião, como aquele sr deputado que disse que não insultou ninguém e que lhe haviam clonado o perfil!

 

A VIRTUALIDADE DA VIDA

E por falar em perfil e em redes sociais em particular. Ando por aí agora a modo do: "andam a clonar os  nossos perfis e a mandar mensagens insultuosas para os nossos amigos". E a mim apetece-me dizer: "Ai andam?" Então querem vocês dizer que alguém anda a insultar os nossos amigoa em nosso nome, é isso? Meus senhores os nossos amigos - a menos que se tenha mais de 2 ou 3 mil (des)conhecidos como amigos - se lhes chegasse tamanho insulto vindo da nossa parte não iriam acreditar, até porque nos conhecem e sabem que quando temos alguma coisa para dizer a dizemos na cara, não utilizamos redes sociais da internet para dizer aquilo que pensamos como acontece com alguns adolescentes que quando tocados pela bebida insultam até a mãe se os deixassem.

 

A LEI ISLÂMICA

E por falar em mãe, e uma vez que essa instituição é intocável! O que me dizem da criação de um movimento das mães de rapariguinhas inocentes portuguesas que se casam com muçulmanos porque os amam. Todos ficamos em choque com as declarações de 2 srs cardeais portugueses que num casino (que heresia, senhores!) alertaram as moçoilas portuguesas para os sarilhos em que se metem quando casam com muçulmanos. O bom D. José Policarpo sabe do que fala. Quando os esquedistas vêm a público trazer casos de portuguesas casadas com muçulmanos... são portuguesas casadas com homens vindos de versões soft da Lei Islâmica como Marrocos ou a Tunísia. A maior parte dos países islâmicos não se guiam por essa Lei soft, mas por leis bem mais apertadas, principalmente para as mulheres não islamicas cujos filhos serão muçulmanos, tradição secular usada pelos muçulmanos desde o princípio dos tempos para obrigar à conversão: filho de muçulmano é muçulmano, quer queira ou não, é-o e pronto.

 

GOSTAS MAIS DO PAI OU DA MÃE

Eu não sou mãe, sou apenas filha e tia (já agora). Hoje ouvi uma pergunta recorrente que se faz ás criancinhas com a qual não concordo minimamente, nem me parece que em termos psico-pediátricos se deva fazer: "Gostas mais do pai ou da mãe?" Com tanta (des)decisão, com tanto (des)gosto que a criança há-de ter ao longo da vida ainda mal sabe falar e já o rotolam como "menino da mamã" ou do "papá" consoante a resposta! Mas a de hoje esmerou-se depois desta famigerada pergunta sai-se com esta "Gostas mais do tio X ou da tia Y". A criancinha fica pasmada a olhar para a mulherzita como quem diz ´"Estes adultos inventam com cada uma? Ora deixa cá ver a tia Y compra-me coeiros e o tio X compra-me gomas.... Ora bem, decisão difícil: gosto mais do tio X" Meu Deus! Se não têm conversa com a criança, calem-se por favor que ninguém os aguenta!


Domingo, 22 de Fevereiro de 2009

Há uns dias que tenho andado a pensar em Dias Loureiro! Os motivos não são os melhores, nem pensaria em tal figura se não fosse este formigueiro que por vezes me invade as pontas dos dedos, quando tenho algo para escrever e ainda não o fiz. Hoje ao ler a crónica do Ricardo Costa no Expresso, não resisto.

 

«Coitadinho do homem que assinava de cruz nos negócios do BPN!» (expressão ouvida a semana passada na fila dos Correios - elucidativa, não?)

 

Como diz o Ricardo Costa a trajectória de Dias Loureiro no caso BPN é uma homenagem ambulante ao "fumei, mas não inalei" (atribuída a Clinton).

 

Há uma coisa que me faz impressão no caso, mesmo muita impressão! Dias Loureiro quando foi à Comissão Parlamentar na AR ou não se lembrava, ou não sabia, ou não tinha acesso aos papéis, ou só foi apanhar sol para outra latitude que não a lisboeta.

 

Ora bem, este senhor (à quem lhe chame nomes bem piores!), diga-se Conselheiro de Estado do presidente Cavaco Silva foi à AR enrolar os deputados com uma parafernália de frases enroladas, longas e vazias que qualquer conteúdo. Volto a dizer: este Conselheiro de Estado foi à AR (e agora numa linguagem bem brejeira) gozar não só com os deputados, não só com os portugueses, mas com uma das Instituições representativas da República e, já agora, da Democracia em Portugal.

 

Muito bem temos um Conselheiro de Estado bem intencionado em fintar as instituições democráticas portuguesas, mas há alguém que, por favor, diga a esse senhor para guardar as pernas para outros futebóis?

 

Já agora demitasse. Quando o caso "rebentou ele deveria ter tido a hombridade e a responsabilidade de proferir um "Obviamente demito-me", no entanto, o amor á cadeira do poder não lhe permitiu, até agora, tomar tal decisão.

 

Já agora Sr Presidente de todos os portugueses, Cavaco Silva, mostre que de facto é o presidente de todos os portugueses e demita o homem do Conselho de Estado, palhaçosjá há que cheguem no circo, sinto-me mal com uma batata vermelha no nariz, eu e os mais de 10 milhões de portugueses.


Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2009

Chega esta altura do ano e já sabemos que as montras das lojas se enchem de corações de todos os tamanhos, acompanhados de ursinhos ou solitários, todos com uma mesma inscrição I love you.

 

Eles estão por toda a parte. À direita, à esquerda...

 

De canecas a molduras, de almofadas a boxers, de t-shirts a aventais, de toalhas a tapetes, é difícil encontrar o que quer que seja que não tenha por estes dias aquela outra verdade feita do all we nead is love. Haverá prova maior de amor do que no dia dos namorados receber uma lingerie super sexy com um I love you a etiquetar a peça? [grrrrrrr]

 

Nesta época do ano o S. Valentim - e ainda há quem seja ateu e agnóstico e coisa e tal - faz entrar no bolso dos nossos comerciantes uns tantos euros, que face à crise que por aí anda, até se agradece.

 

 

Fala-se no dito santo e caímos todos numa espécie de adormecimento provocado por um estado semi-hipócrita do peace and love for all. Por estes dias temos o melhor namorado ou namorada, o melhor marido, a melhor esposa, o melhor amante, a melhor cuncubina.

 

As floristas não têm mãos a medir, há sempre o marido atrasado que tenta compensar todas as falhas durante o último ano com a cara metade num belo ramo de rosas vermelhas, que é para ver se a paixão (volta) a arder. Os restaurantes enchem-se de esforçados casalinhos que tentam avivar a chama da paixão. Os mais velhos lembram as paixões da adolescência, aquela vizinha boa(zona) ou aquele ilustre desconhecido que dava as caras pelos bailes da aldeia em pleno verão.

 

No dia seguinte, dia 15 volta tudo a ser como no dia 13. Os maridos esquecem-se de baixar a tampa da sanita, as esposas dedicadas já não fazem a sobremesa preferida do mais que tudo. O namorado já não convida a sua cara metade para um programa alternativo. A namorada já só volta a chamar o dito cujo de mor, sem o amo-te a seguir. Volta tudo à (boa e velhinha) rotina.

 

Só o amor verdadeiro e desisteressado vale a pena.

O resto acredito (e espero que também acreditem) é plástico. Ainda por cima americano.



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