Não podendo mudar tudo do mundo num único instante… poderemos dar pequenos passos rumo a um mundo melhor para todos
Sexta-feira, 30 de Julho de 2010

 

Não podemos mudar o mundo!

Mas podemos lutar sempre

Por um mundo

Mais justo

Mais fraterno

Mais solidário

Um mundo de paz e harmonia.

 

I belive!


Sábado, 26 de Junho de 2010

Antes de me estender a mão, limpou-a na barra do avental. Fiquei à espera de um aperto de uma mão calejada e áspera. Mas o que encontrei foi uma mão macia e delicada! Admirada com aquele primeiro toque, todo o discurso se alterou na minha cabeça. Porque estaria ali? Desterrada, porventura! Percebi depois de umas bolachas e de um chazinho de final de tarde, que afinal estava ali deste um tempo imemorável, continuava a ficar, permanecia. Assim ficam os filhos da terra, apegados de tal forma à terra que os viu crescer. Apegados às lembranças de um passado que continua no presente a dar-lhes as mesmas alegrias que o passar do tempo não apagou. Dizia a minha avó que “um bom filho a casa torna”, mas aquela mulher por detrás das mãos delicadas nunca tinha partido, para poder regressar! Continuava a amar a sua terra, a sua gente de tal forma que não precisou de “ir”, para depois “vir”. Sabia a partir dali valorizar o que é tão seu, tão nosso: o verde da terra e o colorido das gentes.

E o que dizer sobre o verde da terra! Aquela mulher falou-me das maravilhas naturais. As árvores de fruta que continuam a ser assaltadas por ladrões de palmo e meio, que a muito custo trepam os muros mais altos. Falou-me de rios e ribeiros e dos vales encaixados entre as encostas que dão o sustento aos resistentes agricultores que continuam a tirar da terra o que ela de melhor tem para nos dar: frutos. É este o colorido que falta às grandes metrópoles. São estas as cores que procuramos e encontramos sempre nas memórias da nossa terra. Aquela mulher já sem idade, mas de olhos brilhantes mostrou-me que vale a pena continuar a olhar a nossa terra com os mesmos olhos da memória.

publicado por M.M. às 15:23

Quinta-feira, 15 de Abril de 2010

Frederick Deligne

 

Ora bem, não obstante o facto de andar um pouco a leste dos bitaites aqui no blog isso não quer dizer que não me preocupe com a minha sanidade mental e com a de todos os que me leêm! Por este facto, e podendo eu estar a dizer grandes alarvidades no que a seguir vou escrever, não deixo de não o fazer, sob pena de mais uma vez passar em branco algo sobre o qual eu me quero pronunciar!

 

Há uns dias ouvi na rádio (infelizmente o tempo para ler mais do que portarias e manuais, é escasso!) um cardeal da Cúria Romana, que pelos vistos é o sr. Tarcisio Bertone, afirmar ou comparar nem sei muito bem o celibato e a homosexualidade ao fenómeno da pedofilia! Fiquei em choque inicialmente! E depois tentei separar as águas desses três "conceitos": celibato, homosexualidade e pedofilia.

O celibato, parece-me a mim que é condição (não é para aqui chamado o facto de ser actual/justo) sine qua non um pastor da igreja católica pode/deve exercer o seu ministério. Ou seja, se um homem quer ser padre sabe, à partida, as regras do jogo, certo? Isto é, se quer ser padre já sabe que terá de assumir o celibato sempre.

A homosexualidade, queiremos ou não não é nenhum comportamento sexual desviante! Ela existe, tal como a heterosexualidade! Se a sociedade condena a homosexualidade? Condena, sem dúvida! Se deveria condenar certas atitudes heterosexuais? Devia! Mas do que se trata aqui não é de julgar casos particulares ou até mesmo peculiares, estamos a falar de comportamentos sexuais distintos, é certo! Mas que me parece que devem ser respeitado.

 

Relativamente à pedofilia, essa sim é um comportamento sexual desviante! É um comportamento sexual aberrante! É um comportamento sexual que foge a qualquer tipo de particularidade! É crime.

 

Portanto o meu choque continua mediante a comparação do tal sr. cardeal. Que diz/dizia que o número de padres pedófilos é menor do que o número de homesexuais pedófilos. E, mais! O número de padres pedófilos é/seria maior em padres homosexuais! Então mas não é a Igreja que exige fidelidade aos leigos no sacramento do matrimónio? Então porque carga de água é que a infidelidade dos padres celibatários não deve ser admitida e condenada?

Não ganharia mais a Igreja com a assunção de todos os erros! Não é a errar que se aprende? E quem erra de forma recorrente, tendo comportamentos sexuais aberrantes com crianças não deve ser condenado veementemente não só pela sociedade civil, mas igualmente pela Igreja?

 

Ficam algumas dúvidas.... que me têm assolando o pensamento nos últimos dias!

 

Cartoon daqui.


Domingo, 11 de Abril de 2010

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publicado por M.M. às 22:07

Sábado, 02 de Janeiro de 2010

Porque os adultos teriam sido crianças mais felizes e tinham-se tornado adultos muitos mais felizes!

publicado por M.M. às 20:54

Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009

Há coisas que me envergonham! E acho que deveriam envergonhar a todos. As discrepâncias de desenvolvimento são gritantes em todo o mundo! Mas hoje o que mais me intrigou foi ter ligado a uma antiga colega de trabalho – do tempo em que trabalhava no centro de Lisboa – e de ela me ter dito que a pobreza que à apenas  um ano era envergonhada, agora saiu à rua. Já ninguém se importa que vejam a sua pobreza, mas o pior é que continuam a passar por ela milhares todos os dias e continua a não ver, mesmo agora que ela saiu à rua.

 

Todos os anos se deitam esgoto abaixo oportunidades de ouro para elevar o ser humano à sua condição de dignidade. Todos os anos continuamos a passar e andar sem nos preocuparmos com o vizinho do lado.

 

Quando lá trabalhava e sempre que saia do local de trabalho fosse para almoçar ou para regressar a casa parecia ver o que ninguém via, ou  que ninguém queria ver! O isolamento à janela. A pobreza à porta da igreja. A indiferença na paragem do autocarro. Agora parecem ter-se aberto as janelas, mas ninguém vê. As escadas da igreja já são poucas, mas ninguém repara. O autocarro continua a passar, passa sempre, todos os dias de meia em meia hora, mas passa não pára. Não pára para ver. Não para para sentir. E continuam nele a entrar os olhares indiferentes, que do lado de dentro como do lado de fora continuam a olhar indiferentemente para o mundo.

 

Foto daqui.


Quarta-feira, 21 de Outubro de 2009

dario_21102009_1

 

Quanto mais se fala da necessidade de criar rapidamente alternativas ecologica e financeiramente possiveis... Mais se espreme e espreme! Mas tal como o sumo da laranja ou do limão... A fonte não é inesgotável! mais tarde ou mais cedo vamos acabar por ter que alterar a nossa forma de olhar para o planeta, principalmente para o planeta que achamos que é de recursos infindáveis...

 

A exploração continua!

 

Cartoon, como sempre daqui.


Quarta-feira, 16 de Setembro de 2009

O planeta, os dirigentes e todos os cidadãos do mundo deveriam ter plena consciência deste número: mais de mil milhões de pessoas passam fome.

 

Foto de Pascal Maitre (National Geographic - Brasil)

 

Passam fome e nós cidadãos comuns, não fazemos nada ou fazemos muito pouca pressão junto dos organismos internacionais para que a ajuda alimentar chege e seja entregue a quem precisa, nomeadamente a FAO que depende da ajuda expressa de todos os países com assento na Assembleia das Nações Unidas.


Sexta-feira, 04 de Setembro de 2009

 

 

Pensem nisso!

Bom fim-de-semana.


Quinta-feira, 30 de Julho de 2009

Ao caminharmos para Fátima tivemos sempre presente o povo de Dayle. Mas, com o grupo do Sul (que partir da Azambuja) caminhava um caminhante muito especial, o pe Feliz que trabalho no Sudão desde os anos 80, neste momento, com os milhares de refugiados que chegam ao campo de Nyala todos os dias... Um testemunho e uma vivência incomparáveis, que nos deixam sempre com a ideia de "muito mais se poderia fazer se houvesse vontade"! Precisamos, no entanto, de acreditar que o futuro ainda poderá sorrir para todas as pessoas massacradas pelas milicias do Governo de Cartum.

 

Hoje continuam a ser ceifadas vidas de inocentes. Já não há a imponência das milicias que chegavam montadas em cavalos ou em camelos para destruir as aldeias, mas as milícias passaram a ter outro tipo de presença, mais subtil, mas não menos mortífera!

 

O poema abaixo retrata o desespero, a morte, mas também a luta, ainda que muitas vezes seja suicída...


Os assaltantes levaram os jovens
E ceifaram-nos.
Os assaltantes levaram os velhos
E ceifaram-nos
Os assaltantes levaram as mulheres
E ceifaram-nas.
Os assaltantes levaram as crianças
E ceifaram-nas.
Não temos casa,
Foi ceifada.
Não temos cereais,
Foram ceifados.
Não temos leite,
Foi ceifado.
Agora os nossos filhos partiram para lutar,
Serão ceifados.

 

 
 
 

 

Lamento zaghawa

em Halima Bashir e Damien Lweis, «Lágrimas do Darfur»

 



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