No passado fim-de-semano os candidatos a retóricos deste país encontrarem-se em Congresso. Os benjamins dos dois grandes colocaram em cima da mesa as grandes preocupaçõs dos jovens portugueses.
Nada contra isso. Acho até que o activismo político era uma boa forma de dar voz aos anseios dos jovens deste país. Era porque pelos vistos já não é... Andam os jotinhas rosa a discutir os casamentos entre homesexuais, enquanto muitos jovens portugueses não têm à mesa de jantar pão para comer, muito menos vinho como fica sempre bem numa mesa portuguesa. Os jovens alaranjados pediram uma ajudinha à grande líder Manela que no seu discurso de encerramento não fez muito mais do que pequenos guinchos de quem não tem uma alternativa, muito menos um rumo para este país à beira mar plantado.
Nada contra isso. Só lamento que façam destas lutas bandeiras partidárias. A liberdade sexual é importante, é crucial dizem alguns, para que haja uma efectiva igualdade entre todos os cidadãos portugueses. Eu assino por baixo quando se trata de igualar os direitos de todos os cidadãos. Só não me venham dizer que ela deve ser posta à frente de outras "igualdades" bem mais gritantes.
Os meus queridos amigos psicólogos devem já estar a lembrar-se dessa magnifica pirâmida das necessidades do não menos brilhante Maslow. Pois é! De uma forma simples (não simplista) este senhor defende que enquanto as necessidades básicas - fisiológicas não estão satisfeitas o ser humano não se aventurará na realização das próximas necessidades até chegar ao topo da pirâmide.
De uma forma agora sim simplista esta é a minha real opinião sobre o que os jotinhas discutem nos seus maravilhosos congressos. Agora vão todos de férias! Em Setembro aguardaremos a rentrée. Enquanto estes vão de férias, nós jovens portugueses continuaremos a trabalhar. Pois, infelizmente a igualdade é só para alguns, outros se querem ter pão em cima da mesa todos os dias têm de trabalhar os mesmos dias de todo o ano, sem férias, sem uma legislação laboral realmente inclusiva que os abranja a todos. Vem-me agora à cabeça tudo o que tenho lido do movimento Ferve e toda a miséria humana com que me defronto todos os dias no caminho do trabalho! Essa miséria é bem real e afecta também - e arrisco-me a dizer - sobretudo jovens.