Não podendo mudar tudo do mundo num único instante… poderemos dar pequenos passos rumo a um mundo melhor para todos
Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008


Os portugueses são uns invejosos, isso não é novidade, temos inveja da França porque a mulher do presidente é mais bonita que a do nosso, invejamos o governo italiano que tem uma ministra mais jeitosa do que a Milu, temos inveja do vizinho que compra um carro novo, do irmão que tem melhores notas na escola, dos professores antes de ter vindo a Milú dar cabo da “escola pública” e, como não podia deixar de ser, dos políticos bem sucedidos. Se ser político já é defeito, ser político bem sucedido tanto na política como na vida empresarial é mesmo um pecado mortal.

Como é que este país há-de sair da cepa torta se condenamos todos os casos de sucesso.

 

(...)

 

 

 

E o coitado do Dias Loureiro? O homem vem revelar as conversas que teve com o António Marta e logo no dia seguinte o ex-dirigente do Banco de Portugal vem dizer que não é verdade, alguém imagina o Dias Loureiro a tentar influenciar a actuação do BdP, logo ele que é a coisinha mais transparente que este país já viu, tão sincero que foi o primeiro português a beneficiar de uma declaração de inocência proferida por um Presidente da República? Nem o Salazar teve tal comenda concedida pelo Carmona.

Ora, se Cavaco Silva diz que não tem razões para duvidar das palavras de Dias Loureiro porque razão andamos todos a tentar encalacrá-lo, porque há-de o MP incomodar-se chamando-o para prestar declarações como testemunha? Se Dias Loureiro não sabe nada de contabilidade, assinou sempre de cruz, o que terá ele para testemunhar?

Somos mesmo um país de tansos, então não seria mais frutuoso que em vez de Dias Loureiro ter que andar a explicar a um qualquer procurador as coisas do deve e haver do BPN, nos viesse explicar como é que alguém tão honesto enriquece de forma meteórica, acabando de vez com o mito de que em Portugal os honestos nunca chegam a lado nenhum. Este país resolvia todos os seus problemas se de uma vez por todas os honestos tivessem uma oportunidade na vida, como aquela que Deus deu a Dias Loureiro.

É tempo deste país deixar de sofrer de dor de corno, até porque na Europa não há nenhum corno, que saiba no mundo só há um, o Corno de África.

 

Fonte.

Ninguém teria escrito tão bem.  Parabéns!


Quarta-feira, 26 de Novembro de 2008

Terá o frio a capacidade de nos destruir o cérebro?

Deixaremos de pensar quando as temperaturas não andam muito longe dos 0º?

 

O que acontece se fugir para lá de onde chega o calor da lareira?

Desaparecerei? Tornar-me-ei pó?

 

E as minhas mãos?

Chegarão ao final do Inverno?

Há uns dias que deixei de sentir a ponta dos dedos, mesmo quando ando com luvas na rua.

 

E os meus pés?

Chegarão ao final da semana?

Meias de lá e sapatilhas/botas que mais parecem um forno quando não estão calçadas...

 

Mas o que me preocupa mesmo é o meu cérebro! Eu cujas férias de sonho são uma escalada aos Himalais estou agora para aqui a pensar em destinos exóticos onde as temperaturas não baixam dos 30º e onde a humidade não nos deixa respirar...

 

 

Estão a ver bem esta rede? Pois tenho a dizer-vos que nos últimos minutos apetecia-me teletransportar-me e ir parar lá! Mas como é certo e sabido que nunca me lá hei-de deitar (só se me obrigarem) vou mas é ver se regresso à lareira para aquecer não só o corpo, mas também a alma... A ver se amanhã o dia corre melhor! Isto se não estiverermos outra vez em alerta amarelo com temperaturas negativas :D

publicado por M.M. às 20:39
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Terça-feira, 25 de Novembro de 2008

Passamos a vida à espera de qualquer coisa! Melhor? Pior? Cremos que caminhamos sempre para melhor, eu também, assim creio! Ou pelo menos tento crer...

 

Vídeo da rubrica "Letra Pequena" do Jornal Público.

 

À espera da nova edição e a (re)partilhar, depois de ver e ler aqui.

publicado por M.M. às 20:55

Terça-feira, 18 de Novembro de 2008

Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
 
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
 
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
 
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: "E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.


 

 

E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
 
1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
 
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
 
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.
 
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
 
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas – tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
 
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
 
Inconclusivas conclusões.
 
Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
 
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
 
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.
 
Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.
 
No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
 
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.
 
Mia Couto, in Jornal SAVANA – 14 de Novembro de 2008

publicado por M.M. às 20:14

Domingo, 16 de Novembro de 2008

Carlos,

Obrigada pela tua generosidade

Obrigade pela tua alegria

Obrigada pela tua disponibilidade

 

Amanhã estarás de partida. Não é um adeus, é certo. É um até logo. Um até já. Vemo-nos por aí. Neste momento da tua partida queria agradecer-te por toda a alegria, sinceridade e serenidade que nos trouxeste.

 

Vai, meu irmão, vai. Para lá, onde é a tua nova terra. Tenho a certeza que a tua presença em Carapira será sempre um dom de Deus para todos aqueles com quem te cruzarás.

 

Deste lado ficamos com o coração apertadinho de te ver partir, mas é com alegria que te vemos partir para a realização da tua vocação missionária. A missão é partilha, é entrega, é um chamamento que só nós entendemos bem no fundo do nosso coração do tamanho do mesmo mundo onde somos chamados a agir. Que S. Daniel Comboni te acompanha em todos os passos da caminhada.

 

Estaremos sempre juntos em oração e como diz o nosso querido Pe Claudino no coração trespassado do Bom Pastor.

publicado por M.M. às 20:15
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Quarta-feira, 12 de Novembro de 2008

Este post serve para inaugurar uma nova tag cá no estaminé... Intitular-se-à «política à lareira». Isto porque faz um frio de rachar por estas bandas, por isso onde se está bem é mesmo dentro da lareira, não sendo humanamente possível fico-me ou ficamo-nos por perto da lareira. Ela aquece o corpo e aclara as ideias ou adormece-as - um dia destes ainda me hei-de dedicar a esta temática. Mas hoje vamos lá à inaguração: taça de champagne, um pouco para cima do teclado para dar sorte e cá está! [não se preocupem a parte do champagne era figurativa]

 

São 19h e qualquer coisa. A televisão no volume quase máximo (a idade não perdoa) na rtp, isto é, no gordo. Estou encostada à banca a acabar de lavar a loiça (virei dona de casa!). Vou buscar o meu querido O problema do Terceiro Mundo e entre definições mais ou menos teóricas de desenvolvimento, subdesenvolvimento e crescimento batem à porta (como é que alguém anda na rua com este frio?). Olha é o primo JR - Entre, entre está frio.

 

 

JR- Então estandes a ver o gordo? Eu vejo o outro é um bocado desbocado mas a gente acha-lhe graça.

mãe/pai- Nós vemos sempre este - vai dum hábito que a pessoa cria.

JR- O outro é bem breijeiro, aquilo é põe disco, tira disco pralém da merda que diz.

m/p- Este é o verdadeiro artista. Às vezes dá umas piadas, mas é um senhor. O outro dizem que é virado para o outro lado.

JR- Isso e outras coisas mais. É um... É um... (grita pra mim que estava a 2m - Cumaqué que se diz? [Eu: pedófilo?]) Sim é isso. Olha que eu tive lá um filho a estudar, mas se algum dia ele se me viesse queixar de alguma coisa ía lá e dava-lhe um tiro nos cornos, passava o resto da vida na cadeia, mas ele não se ria.

m/p- Pois!

 

(interrupção com o Direito de Antena do PCP)

 

JR- Esses aí são outros palhaços.

m/p- O que eles dizem não interessa a ninguém, mas sempre é bom lá estarem para ver se calam os outros.

JR- Esses no Governo é que andavamos para trás... Ainda me lembro quando chegavam os barcos russos a Lisboa, eles quando saiam andavam todos ali a piar fininho se houvesse um que saisse da fila já tava f***.

m/p - Ai era?

JR- Á pois, Punham-lhe uma redes por cima que dali não saiam. Depois ainda falam do Salazar. Mas algum dia ela fazia isto? Óou algum dia.

m/p- Isso é verdade. naquele tempo podiamos viver pobres, mas não eram estas poucas vergonhas que se vê hoje.

JR- Há pois não. Claro que não.

 

(interrupção com uma notícia sobre os combustíveis)

 

JR- Eu quando estive em Lisboa até fiz uma greve. E isto, antes do 25 de Abril. Então fui-lhe pedir um aumento do ordenado para o pessoal e ele ofereceu-me porrada. Que é isso? Cheguei aos vestiários e virei-me para a rapaziada, amanhã ninguém vem trabalhar por isto assim assim.

m/p- Isto naquele tempo é que eram rijos.

JR- E assim foi. Ao outro dia ninguém foi trabalhar. Eu passei lá e andava o chefe e o encarregado os dois a carregar os caminhões. Mas no outro dia lá tinhamos um aumento de 100paus, ainda por cima no fim do mês. Aquilo naquele tempo era muita fruta.

m/p-Sempre valei a pena. Naquele tempo os patrões não eram cuma agora.

JR- Ó outro dia fomos trabalhar e o encarregado virou-se pra rapaziada e perguntou quem era o responsável pela greve. parece que o f-da-m tinha um primo que era PIDE. E eu, alá que se faz tarde, ainda andei fugido durante uns tempos...

 

FINALMENTE, intervenho na conversa: - E depois os comunistas é que eram marotos. Com que então fugiu com medo da PIDE.

JR- Á pois que se não ainda me mandavam para o barco roto.

Eu- Com um bocadinho de sorte ía deportado para a Sibéria :D

 

E viva Salazar! Viva o Estado novo! E já agora os comunistas! E os socialistas (no verdadeiro sentido do termo, nada tem a ver com o socratismo).

 

Um dia destes há mais.

 

P.S. perdoem-me a linguagem. Fui o mais rigorosa possível.



 

Fotografia: Lírio da Fonseca/Reuters

 

Há 17 anos, em Dili, quando as sirenes tocaram e o terror se abateu sobre a procissão de gente que se reunia no cemitério de Santa Cruz, o mundo acordou para a repressão indonésia em Timor Leste. Números oficiais: 271 mortos. Mas os timorenses dizem que "faltam muitos mortos", pessoas que nunca apareceram. Para as lembrar, os seus familiares sairam hoje com o que lhes resta da memória dos seus familiares, a imagem impressa no papel fotográfico.

 

Fonte.

publicado por M.M. às 20:32

Domingo, 09 de Novembro de 2008

«Sob a máscara do esquecimento e do equívoco, invocando como justificação a ausência de más intenções, os homens expressam sentimentos e paixões cuja realidade seria bem melhor, tanto para eles próprios como para os outros, que confessassem a partir do momento em que não estão à altura de os dominar.»

Sigmund Freud, in «As Palavras de Freud»

bandeira_09112008_1
Bandeira, «Diário de Notícias»

 

Fonte.


Sexta-feira, 07 de Novembro de 2008

Ela era muita! Há uns anos era bem mais... Hoje reserva-se no direito de de vez em quando dar um ar da sua graça....

 

Ele é fatuchas felgueiras que não roubam nenhum, ele é fachos na assembleia madeirense, ele é banca com birrinhas e criancices, ele é cadilhes com reformas milionárias como prémio de gestão danosa, ele é filhos que batem nas mães, ele é maridos que batem nas mulheres, ele é mulheres que batem nos maridos, ele é primos que matam primos, ele é namorados que assassinam as ditas cujas com ácido, ele é acidentes monstrosos todos os dias, ele é mortes estúpidas.

 

A minha inteligência começa a dar sinais de inevitável cansaço. Não consegue perceber em que é que o paraiso da Alice se transformou em pouco mais de 30 anos.

 

Há dias em que só fechando olhos e ouvidos somos capazes de ter 1 minuto de inteligência. Outros dias há em que a m*** é tanta que só colocando uma mola no nariz seremos capazes de sair de casa sem ficar com aquela sensação de que seriamos mais produtivos se ficássemos em casa o dia todo na cama.

 

Haja gritos de revolta. Haja marés vivas. Haja manifestos de luta para tirar este rectangulozinho à beira mar plantado da apatia em que mergulhou há tantos anos que já ninguém se lembra.

 

Como diria a Ti Maria do Ó de um livro que já li há tantos anos como aqueles em que deixei de acreditar no Portugal idealizado antes do dia D: "Vá de retro Santanás!"


Quarta-feira, 05 de Novembro de 2008

Depois dos intermináveis anos de governação Bush! Chegou a hora de dizer bye bye.

 

Chegou a hora de um novo (re)começo. A vitória de Obama simboliza uma nova oportunidade para que os EUA se possam juntar à comunidade internacional e caminhar par a par para a construção de um mundo melhor, mais justo e mais democrático: as mudanças climáticas, os Direitos Humanos e a paz são desafios que necessitam de uma resposta à altura da gravidade com que hoje encontramos o mundo.

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Na noite passada não se dormiu do lado de cá do Atlântico à espera dos resultados das presidenciais americanas, as mais concorridas de sempre. Os EUA estão agora entregues às mãos de um homem que tem por obrigação MUDAR. Mudar a política americana externa - onde o Iraque se apresenta como o caso mais bicudo de resolver e mudar a política interna (re)construindo um país onde as igualdades são cada vez mais desigulades.

 

Nunca antes na história tinha sido eleito um negro para a Casa Branca. Nós, brancos, nunca iremos perceber a segregação do povo negro. Podemos sim juntarmo-nos a eles e, de mãos dadas, dar os parabéns a Obama pela esmagadora vitória da igualdade sobre o conservadorismo.

 

O mundo conta com o cumprimento das promessas da sua campanha, que defendem um tratado forte contra as mudanças climáticas, o fim da tortura e o encerramento de Guantanamo, o estabelecimento de um plano cuidadoso para a retirada das tropas do Iraque e a duplicação dos recursos destinados ao combate à pobreza global.

 

«Nunca antes na história um presidente norte-americano esteve tão aberto para ouvir.»

 

Yes we can change the world to transform our weaknesses into chances of I dialogue multilateral mister president.



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