Não podendo mudar tudo do mundo num único instante… poderemos dar pequenos passos rumo a um mundo melhor para todos
Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2008

Imagem retirada daqui.

 

«Tu és uma gaivota. Nisso o chimpanzé tem razão, mas só nisso. Todos gostamos de ti Ditosa. E gostamos de ti porque és uma gaivota, uma linda gaivota.Não te contradissemos quando te ouvimos grasnar que és um gato, porque nos lisonjeia que queiras ser como nós; mas és diferente, e gostamos de que sejas diferente.Não pudemos ajudar a tua mãe, mas a ti sim. Protegemos-te desde que saíste da casca. Demos-te todo o nosso carinho sem nunca pensarmos fazer de ti um gato. Queremos-te gaivota. Sentimos que também gostas de nós, que somos teus amigos, a tua família, e é bom que saibas que contigo aprendemos uma coisa que nos enche de orgulho: aprendemos a apreciar, a respeitar e a gostar de um ser diferente. É muito fácil aceitar e gostar dos que são iguais a nós, mas fazê-lo com alguém diferente é muito difícil, e tu ajudaste-nos a consegui-lo. És uma gaivota e tens de seguir o teu destino de gaivota. Tens de voar. Quando o conseguires, Ditosa, garanto-te  que serás feliz, e então os teus sentimentos para connosco e os nossos para contigo serão mais intensose belos, porque será a amizade entre seres totalmente diferentes.»

 

História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar, Luís Sepúlveda

publicado por M.M. às 01:02

Sábado, 27 de Dezembro de 2008

O tempo é de alegria, esperança, de crédito no futuro. Então porque é que nos custa tanto olhar para a morte como regeneração, como recomeço de uma outra vida, de uma certa vida que acaba por se impor sobre aquilo que impomos a nós próprios.

 

"Pela morte vivemos, porque só somos hoje porque morremos para ontem. Pela morte esperamos, porque só poderemos crer em amanhã pela confiança da morte de hoje. Tudo o que temos é a Morte, tudo o que queremos é a Morte, é morte tudo o que desejamos querer." Fernando Pessoa.

 

 

Porque é que a morte tem de ser sempre encarada como meta, final. Ela não é mais do que o renovar do ciclo da vida. O Sol põe-se todos os dias enão ficamos tristes por ele nos abandonar, pois sabemos que nos dia seguinte ele estará a vigiar-nos lá do alto. Então porque é que a morte não há-de ser um momento de crença na regeneração da vida. Até numa floresta completamente cinzenta do fogo é capaz de renascer vida, pois a Mãe Terra tem a capacidade de regeneração que nos falta a nós seres humanos.

 

A vida é um ciclo. A morte é o recomeçar de um novo ciclo de vida.

publicado por M.M. às 16:35

Quarta-feira, 24 de Dezembro de 2008

Imagem retirada daqui.

 

É Natal!

Sorri para quem passa,

Estende a mão a quem a pede!

 

Lembra-te dos esquecidos

Dos que nada têm

Dos que tudo esperam.

 

Sonha com o presépio

A sua simplicidade

Beleza instantânea

Paz e alegria que nos transmite.

 

Que nas nossas vidas todos os dias seja Natal. A todos os que me visitaram e comentaram durante este ano deixo os votos de um Santo Natal com uma mesa repleta de tudo o que a vida tem de melhor.

publicado por M.M. às 01:02
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Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2008

Ontém comprei o meu primeiro telemóvel a cores. Sim, é verdade! Daqueles todos xpto que se precipitam do sofá para baixo desfaz-me em mil bocados e deixam de existir :) Enfim, pequenos nadas que afinal de contas servem para nos encher o espírito com novas preocupações do tipo "não o posso riscar".

 

Bom mas não era isto que eu vinha aqui fazer. Foi apenas uma pequena introdução. Andava eu com a dita maquineta entre as mãos quando descobri uma preciosidade daquelas que contado ninguém acredita, mas espero que vocês acreditem porque é a mais pura das verdades!

 

Cá vai. Nos modelos, aqueles pré-formatados nos telemóveis como por exemplo "reunião cancelada", "encontro-o às" encontrei uma verdadeira preciosidade. Preparad@s? "Também te amo". Acreditam?

 

Como é que é possível que num modelo do telemóvel já esteja pré-formatada esta fórmula. Inacreditável.

 

Ou seja quando alguém nos escrever uma mensagem toda melosa que acaba com um "Amo-te muito meu amor". Nós responderemos com um modelo "Também te amo". Inacreditável.

 

Ou seja quando nós escrevemos uma daquelas mensagens todas melosas em que declaramos o nosso amor a alguém, esse alguém o "nosso" alguém responderá com um seco e cru "Também te amo" que aos nosso olhos parecerá uma raridade nos lábios do mais que tudo, quando na verdade está hiper ocupado e acabo por nos enviar uma mensagem entalada no meio de "Telefonar" e "Parabéns".

 

É nestas alturas que gostaria de ser uma feminista convicta e virar a mesa. Eu sei, perfeitamente, que estas coisas aos homens passam completamente ao lado até porque a sociedade em que vivemos é feita por eles e para eles... Mas pelo amor de Deus já que não fazem nada para impressionar as mulheres com quem estão sejam pelo menos originais nas mensagens que enviam :)


Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2008

 

 

cinema_manoeldeoliveira.jpg

Foto retirada daqui.

 

 

 

O cineasta da não conformidade. Da não estaticidade. Eis que entre nós temos o homem do norte menos consensual de que há memória! No mês de Novembro fui acompanhando o "mês de Manoel de Oliveira" na rtp2 e valeu bem a pena. Entre bons filmes, excelentes documentários e proficuos debates fiquei a conhecer a história do homem por detrás das câmaras.

 

Durante toda a sua vida foi rodando com mestria a manivela da câmara de filmar. Deu à luz maravilhosos filmes que nos revelaram o pensamento do sábio homem quando olhava tudo o que o envolvia.

 

 

E como a melhor forma de levar a hercúlea tarefa de fazer a Humanidade avançar é trabalhando. Ei-lo, pois, a preparar o seu novo trabalho: Singularidades de uma rapariga loira.

publicado por M.M. às 20:58
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A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi proclamada e adoptada, pela Assembleia Geral da ONU, no dia 10 de Dezembro de 1948. Dizendo «nunca mais» aos horrores da Segunda Guerra Mundial, era, pela primeira vez, assinado um documento que estabelecia os direitos humanos universais para todos os povos, tendo em conta cada indivíduo em particular.

 

Tenho a particular impressão que o que foi dito, redigido, lido e aprovado nesse dia nas Assembleia das nações Unidas foi mais um momento histórico para a comunidade internacional. mas não para a comunidade no verdadeiro sentido da palavra, mas unica e simplesmente para a comunidade formada pelos líderes políticos mundiais.

 

Qual será a dificuldade de implementar a Declaração Universal dos Direitos Humanos?

Não se tratará porventura de uma desumanidade o que se passa nos 4 cantos do mundo?

Não se tratará de uma desumanidade ver a miséria à nossa frente e que nada fazemos para lhe aliviar um pouco dessa dor?

 

Do que se trata afinal quando é celebrado o 60º aniversário da Declaração? Continuaremos a dizer "nunca mais"? Ou foram apenas refinadas as formas de escravizar, humilhar, desnaturalizar a existência humana?

 

O que nos falta neste mundo globalizado, completamente anómico é abrir a mão e dá-la ao mendigo que se cruza connosco na rua. É abrir os braços e abraçar aquela criança esfarrapada que nos olha com uns olhões lindos. É, no fundo, abrir os nossos corações e desligarmos o botão da indiferença, da insegurança, do medo.

 

É EXIGIR da classe política mundial que cumpra o que disse depois dos horríveis acontecimentos da II Guerra Mundial.

É EXIGIR que cumpram a sua palavra.

É EXIGIR-LHES que desenterrem a cabeça da areia onde a mergulharam desde então. 

 

 


Terça-feira, 09 de Dezembro de 2008

 «Comparai, sem preconceitos, o estado do homem civilizado com o do homem selvagem, e investigai, se o puderdes, como além da sua maldade, das suas necessidades e das suas misérias, o primeiro abriu novas portas à miséria e à morte. Se considerardes os sofrimentos do espírito que nos consomem, as paixões violentas que nos esgotam e nos desolam, os trabalhos excessivos de que os pobres estão sobrecarregados, a moleza ainda mais perigosa à qual os ricos se abandonam, uns morrendo de necessidades e outros de excessos; se pensardes nas monstruosas misturas de alimentos, na sua perniciosa condimentação, nos alimentos corrompidos, nas drogas falsificadas, nas velhacarias dos que as vendem, nos erros daqueles que as administram, no veneno do vasilhame no qual são preparadas; se prestardes atenção nas moléstias epidémicas oriundas da falta de ar entre multidões de seres humanos reunidos, nas que ocasionam a nossa maneira delicada do viver, as passagens alternadas das nossas casas para o ar livre, o uso de roupas vestidas ou despidas sem precauções, e todos os cuidados que a nossa sensualidade excessiva transformou em hábitos necessários, e cuja negligência ou privação nos custa imediatamente a vida ou a saúde; se puserdes em linha de conta os incêndios e os tremores de terra que, consumindo ou derrubando cidades inteiras, fazem morrer os habitantes aos milhares; em uma palavra, se reunirdes os perigos que todas essas causas acumulam continuamente sobre as nossas cabeças, sentireis como a natureza nos faz pagar caro o desprezo que temos dado às suas lições.»

 

Jean-Jacques Rousseau, in «Discurso Sobre a Origem da Desigualdade»

  

kountouris_07122008_1
Michael Kountouris, «Politicalcartoons.com» 

Fonte.

 



Car@s leitor@s

Ultimamente as minhas fontes de inspiração têm sido muitas! Poderia mesmo dizer que demasiadas... Começando nas campanhas consumistas do Natal, das perfumarias ambulantes televisivas, etc, etc Ah e acabando no quilo a mais dentro do Expresso! No entanto, a inspiração para pegar - EFECTIVAMENTE - na caneta e escrever tem sido diminuta.

 

Entrei numa fase em que preciso de recarregar as baterias. Físicas, mentais, psicológicas e sociais. 

 

Desde já vos peço desculpa pela intermitência das postagens. Os meus dedos tornaram-se preguiçosos, são agora como o lápis do merceeiro ou do trolha, que salvo raras excepções nunca sai de trás da orelha.

 

Votos de boas lutas para todos os que por aqui passam. Ou cá vêm parar de vez em quando.

publicado por M.M. às 01:07
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Quinta-feira, 04 de Dezembro de 2008

 

Para lerem mais sobre o assunto, aqui fica o site da WWF.

 

publicado por M.M. às 17:25

Segunda-feira, 01 de Dezembro de 2008

Todos os dias nascem novos sites, blogs, fotologs e se calhar outras palavritas mais ou menos científicas que designam outras formas de estar na internet!

 

A partir deste fim-de-semana a blogosfera ficou mais rica. O filósofo cá de casa iniciou-se nas andanças do mundo virtual.

 

Passem por lá e conheçam-no.

publicado por M.M. às 18:27


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