Soube hoje que no dia 19 de Janeiro passaram 200 anos sobre o nascimento de um grande génio que por estes dias povo-a a minha mesa de cabeceira: Edgar Allan Poe.
Aqui fica uma passagem do Gato Preto:
«E para minha queda final e irrevogável, o espírito de maldade fez a sua aparição. Deste espírito não fala a Filosofia. No entanto, não estou mais certo da existência da minha alma do que do facto de a maldade ser um dos impulsos mais primitivos do coração humano; uma dessas indivisas faculdades primárias, ou sentimentos, que deu uma direcção ao carácter do homem. Quem se não surpreendeu já uma centena de vezes comentendo uma acção néscia ou vil, pela única razão de saber que a não devia cometer? Não temos nós uma inclinação natural para violar aquilo que constitui a Lei, só porque sabemos que o é?»
Um génio, sem dúvida. Estas palavras são mais um belo exemplar do discorrer do seu fantástico romantismo negro.
Aconselho vivamente a leitura da obra de Poe.
Foto retirada daqui.