Não podendo mudar tudo do mundo num único instante… poderemos dar pequenos passos rumo a um mundo melhor para todos
Terça-feira, 27 de Janeiro de 2009

“O capitalismo, tal como é praticado, é uma lucrativa e insustentável aberração do desenvolvimento humano. O que pode ser chamado de “capitalismo industrial” não o é conforme com os seus próprios princípios de prestação de contas. Ele liquida o seu capital e chama a isso rendimento. Despreza a atribuição de qualquer valor ao maior stock de capitais que emprega – os recursos naturais e os sistemas vivos, bem como os sistemas sociais e culturais, que são a base do capital humano.”
 
Adaptado de Hawken, Lovins e Lovins (1999), Natural Capitalism
 
 
 
O desemprego pode suscitar mil e uma discussões teóricas e ser (in)evitável como "destruição criadora", como "reconversão" da nossa economia, como efeito de políticas erradas na assentam no engodo do "modelo social europeu" insustentável face à situação actual, nem que mais não seja a relação natalidade-mortalidade.
 
A actual situação do emprego arond the world, face à actual crise do capitalismo parece ser inevitável pois o mercado não tem a plasticidade suficiente para encontrar alternativas que tornem "criadora" a "destruição" dos milhares de postos de trabalho anunciados neste fatídico 27 de Janeiro de 2009.
 
Pelo facto de não "termos" uma solução a curto-prazo para a  situação isso não implica que todos nós não devemos deixar de olhar para cada um destes desempregados e para as suas respectivas famílias que a partir de hoje vêm o seu futuro menos risonho, mais negro, mais inseguro. Eles sentem que falharam, tinham algumas ilusões que perderam. Mas "nós" - em contraste com o "eles" - falhamos mais se não temos a consciência de fazer alguma coisa. Porque se pode na acção cívica, no mundo empresarial, na política, fazer muita coisa por estes "novos" desempregados, especialmente pelas mulheres que não se podem voltar a subjugar ao jugo machista da sociedade em que vivemos, resumindo a sua condição à de mãe de família e de fada do lar, elas muito lutaram pela sua emancipação para serem agora "obrigadas" a regressar ao lar doce lar, perdendo com este regresso as vantagens proporcionadas pelo mundo de trabalho - a não ser que o PND ganhe as próximas eleições e passe a atribuir um salário a todas as donas de casa, perspectiva bem irrealista a meu ver!
 
O alerta que me apetece fazer é aos governos desses países espalhados à volta do mundo. Não olhem para estes desempregados como mais um número da inevitabilidade crítica da economia de mercado actual.
E um alerta muito pragmático para o governo português. Em ano de eleições era bom não se voltarem mais uma vez para o betão, mas por uma vez - e importante vez - para as pessoas. 


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