Não podendo mudar tudo do mundo num único instante… poderemos dar pequenos passos rumo a um mundo melhor para todos
Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2009

«A patria adora conversar sobre professores. A pátria, porém, nunca fala sobre educação. Portugal ainda não arranjou coragem para lidar com este facto: os alunos acabam o secundário sem saber escrever (...) A coisa mais básica - seber escrever - deixou de ser relevante na escola portuguesa. De quem é a culpa? Dos professores? Certo. Do  Ministério? Certo. Mas os principais culpados são os próprios pais. Mães e pais vivem obcecados com o culto decadente da psicologia infantil (...) Não se pode dizer que o "menino" escreve mal porque isso pode afectar a sua auto-estima. Ou seja, o rapazola pode ser burro, desde que seja feliz. O professor não pode marcar trabalhos de casa porque o "menino" deve ter tempo para brincar. Genial: o "menino" pode ser preguiçoso, desde que jogue na consola (...) Neste mundo Peter Pan os erros não existem e as coisas até mudam de nome. O "menino" não escreve mal; o "menino" faz, isso sim, escrita criativa. O "menino" não sabe escrever a palavra "recensão", mas é um Eça em potência.

 

Caro leitor, se quer culpar alguém pelo estado lastimável da educação, então, só tem uma coisa a fazer: olhe-se ao espelho. E, já agora, desmarque a próxima consulta do "menino" no psicólogo.»

 

Henrique Raposo, Expresso



Uma das faces está por estes dias em Belém, no Brasil. A outra face está reunida em Davos, na Suiça.

 

 

Imagem retirada daqui.

 

 

Em Belém estarão presentes 120 mil pessoas de 150 países e a realização de 2,4 mil debates sobre temas como meio ambiente, aquecimento global, crise económica no mundo, miséria e exclusão nos países pobres, além da devastação da Amazónia. 

 

Em Davos estarão cerca de 2000 pessoas de pouco mais de 50 países, o tema omnipresente é a crise, levando a debates com nomes curiosos e sintomáticos como Os Valores por detrás do Capitalismo de Mercado? e Morte do Consenso de Washington?? (com interrogação, naturalmente).

 

Contra a hipocrisia do capitalismo reunido em Davos, o mundo responde com uma demonstração do que deveria ser um verdadeiro mundo plural e democrático. Pena que o secretário-geral das Nações Unidas continue do lado dos ricos e poderosos, em vez de se colocar do lado dos pobres a abandonados, representados em Davos pélos líderes de associações ambientalistas, movimentos sociais, organizações da sociedade civil, entidades sindicais e estudantis, entre outros.

publicado por M.M. às 13:48


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