Entre o ser e o não ser
Não sou aquilo que nunca fui
Sempre fui aquilo que sou.
É por se aquilo que sou
Que não posso ser quem não sou!
Poderia perder-me em adjectivações ridículas
Mas há uma que distingue o que sou do que não sou
Genuinidade.
Se sou como sou
E não como gostariam que fosse
Então sou mesmo eu:
Que vejo ao espelho todas as manhãs
Igual a mim própria
E não diferente daquilo que sou
E gostariam que eu fosse.
Se não fosse assim
Deixaria de me sentir debaixo da pele
Deixaria de poder dizer quem sou
Deixaria de poder dizer que penso
Deixaria de poder dizer que falo
Deixaria de poder dizer que decido
Pela minha cabeça.