Nesta altura do ano todos andamos a fazer balanços, uns de maneira mais contundente que outros! Mas todos fazemos balanços mais ou menos estruturados na nossa cabeça, nem que mais não seja enquanto esperamos que o semáforo passe a verde e nós possamos acelerar rumo ao futuro!
Neste último ano, que inclusivamente fecha a primeira década do século XXI, muita coisa há a apontar, umas melhores outras piores... curiosamente são estas últimas que me deixaram de queixo caído sem ter a certeza de que o dia de amanhã valeria a pena ser vivido. Tentei, por isso, agarrar-me ao melhor que este ano me deu a nível pessoal e profissional. E procurei olhar para o mundo e encontrar pequenas luzes de esperança que me fizessem sorrir quando pensava no futuro.
2009 foi um ano puxado a nível psicológico e social para todo o mundo! Pareceu pairar sempre sobre a minha cabeça um punhal bem afiado que me lembrava a cada manhã que a nossa vida não é fácil! E, quando estava atenta à realidade mundial também tive sérios apertos no coração de cada vez que a Humanidade parecia esquecer a dura e cruel realidade de que se vive por esse mundo.
2009 foi, também, um ano onde as luzes foram poucas e difíceis de encontrar! Ainda assim, esforcei-me todos os dias para as procurar e encontrar... nem sempre as encontrei, mas quando as encontrei o meu pequeno coração sorriu de alegria.
Há uma mulher que neste ano me fez primeiro chorar e depois sorrir! Chorar devido ao estigma que parecemos sempre ter pelos feios, gordos, anti-fashions, pelos anti-tudo e pro-nada. Sorrir porque ainda que esmagada pelo estigma foi capaz de dizer I dreamed a dream.
Quantos sonhos tivemos, usamos e desperdiçamos logo a seguir? Quantos vimos desperdiçar? Os tigres podem despedaçar-nos a esperança, mas somos nós que devemos cantá-la e vivê-la sem receios, nem impedimentos! Os nossos sonhos nunca são vergonha, nunca devem ser o que os outros gostariam que fossem, nunca devem seguir moldes predefinidos.
A vida não deve nunca matar os sonhos que sonhamos! É esta a grande lição da Susan Boyle para o mundo e minha para todos os que me lêem desse lado do computador.