Não podendo mudar tudo do mundo num único instante… poderemos dar pequenos passos rumo a um mundo melhor para todos
Sábado, 05 de Dezembro de 2009

Joana Fulgêncio, 20 anos
Encontrada morta no carro do namorado de 22 anos, com um saco de plástico na cabeça. O rapaz terá simulado um sequestro para encobrir o assassinato.

 

Sandra Pontes, 23 anos
Violada e esfaqueada até à morte juntamente com a amiga Marinela Virgínio, em Rio de Mouro, Sintra. O autor do crime foi o ex-companheiro de Sandra Pontes

 

Linda Cossa, 37 anos
Já tinha apresentado várias queixas contra o seu ex-companheiro, mas não foram suficientes para evitar que o homem, de 50 anos, a assassinasse com um machado na Rua da Cidade de Almada, no Seixal.

 

Sara Tavares, 26 anos
Morta em Portimão pelo marido, de 24 anos, com uma faca. O crime terá sido provocado por um desentendimento entre marido e mulher, quando esta não quis ir passar o dia a casa da sogra.

 

Liliana, 36 anos
Não conseguiu evitar que o seu ex-companheiro a encontrasse e a assassinasse na casa dos pais, em Donelo, Sabrosa. A vítima foi morta a tiro e deixou órfãs quatro crianças.

Mulheres que perderam a vida nas mãos deles.

 

 

Agora já nada ouvimos.

Só o silêncio,

Lá longe

Na linha do horizonte.

 

Mas houve algum dia

Em que pudemos ouvir

E não quisemos ouvir!

publicado por M.M. às 23:41

Quarta-feira, 02 de Dezembro de 2009

Choque é pouco para o que acabo de ler... e sentir!

Devido à muita carga de trabalho não tenho tido sequer tempo para ver televisão ou ler as gordas! Por isso a actualidade das últimas semanas tem-me passado ao lado!

 

Hoje ao ler as gordas nas versões digitais dos diários deparei-me com o seguinte: «Marido mata mulher dentro de uma ambulância» E o caso, depois de ter clicado no título ainda ganha contornos mais macabros! Este animal (homem ou pessoa não é com toda a certeza) para além de ter matado a mulher com uma caçadeira, quando esta tinha a filha de 6anos, de ambos, ao colo... Depois de preso ainda puxa de um revolver e mata um militar da GNR e fere outro.

 

Estou chocada.

 

Temos leis e mais leis que deveriam proteger as mulheres! Mas no fundo o que temos é lixo! Como é que é possível que sendo um crime público a violência doméstica ainda consegue ter estes contornos dantescos. Como é que esta mulher que em 14 anos foi agredida pelo marido, quando ganha coragem para o fazer é morta, pelo crime de querer proteger a sua própria vida. Não é a vida um direito humano, um direito inalienável. Como é possível? Como?

 

Entre marido e mulher deve meter-se colher

Foto: JN 

 

Até à pouco tempo "ninguém tinha o direito de se imiscuir nos assuntos de uma família. Agora tem esse dever". Porque é que todos temos esse dever e continuamos a desculpar-nos com o ditado de que "entre marido e mulher ninguém mete a colher". Porque é que parece ser mais simples aconselhar um amigo/a a divorciar-se só porque a vida não corre bem e não somos capazes de lhes abrir os olhos para a atrocidade cometida com elas próprias quando são vítimas de violência doméstica...

 

Para Ilda Afonso, da UMAR, "é extremamente importante uma mulher, que vê os seus planos de vida desfeitos, saber que há quem a ajude, que o Estado não a abandonou. Pelo contrário".

 

É tão importante isso! Mas, no entanto, continuamos a olhar para o Estado como o papão do nosso dinheiro e não conseguimos olhar para o Estado como o protector dos mais fracos, dos fragilizados. Merda para nós! Quando queremos somos estúpidos que nem portas... Talvez continue a ser por isso que continuam todos os anos a morrer outras tantas Maria´s que como esta sofrem em silêncio, misturam amor com controlo e poder, misturar segurança com violência, misturam tudo. E não há ninguém que tome a voz dessas Maria´s para denunciar, para punir, para salvar essas mulheres.

publicado por M.M. às 22:28


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