Não podendo mudar tudo do mundo num único instante… poderemos dar pequenos passos rumo a um mundo melhor para todos
Sábado, 26 de Junho de 2010

Antes de me estender a mão, limpou-a na barra do avental. Fiquei à espera de um aperto de uma mão calejada e áspera. Mas o que encontrei foi uma mão macia e delicada! Admirada com aquele primeiro toque, todo o discurso se alterou na minha cabeça. Porque estaria ali? Desterrada, porventura! Percebi depois de umas bolachas e de um chazinho de final de tarde, que afinal estava ali deste um tempo imemorável, continuava a ficar, permanecia. Assim ficam os filhos da terra, apegados de tal forma à terra que os viu crescer. Apegados às lembranças de um passado que continua no presente a dar-lhes as mesmas alegrias que o passar do tempo não apagou. Dizia a minha avó que “um bom filho a casa torna”, mas aquela mulher por detrás das mãos delicadas nunca tinha partido, para poder regressar! Continuava a amar a sua terra, a sua gente de tal forma que não precisou de “ir”, para depois “vir”. Sabia a partir dali valorizar o que é tão seu, tão nosso: o verde da terra e o colorido das gentes.

E o que dizer sobre o verde da terra! Aquela mulher falou-me das maravilhas naturais. As árvores de fruta que continuam a ser assaltadas por ladrões de palmo e meio, que a muito custo trepam os muros mais altos. Falou-me de rios e ribeiros e dos vales encaixados entre as encostas que dão o sustento aos resistentes agricultores que continuam a tirar da terra o que ela de melhor tem para nos dar: frutos. É este o colorido que falta às grandes metrópoles. São estas as cores que procuramos e encontramos sempre nas memórias da nossa terra. Aquela mulher já sem idade, mas de olhos brilhantes mostrou-me que vale a pena continuar a olhar a nossa terra com os mesmos olhos da memória.

publicado por M.M. às 15:23

Sexta-feira, 11 de Junho de 2010

A Cáritas Internacional e a Damietta Peace Initiative dos Religiosos Franciscanos organizaram na África do Sul, entre as comunidades mais pobres do país, o Mundial de Futebol pela Paz, um campeonato alternativo que acontecerá de forma simultânea ao Mundial de Futebol. Esta iniciativa conjunta de caráter interconfessional - informa a Conferência Episcopal Católica da África do Sul -, acontecerá na localidade de Atteridgeville, próximo de Pretória e reunirá pessoas de diferentes religiões, raças e nacionalidades.

 

“A África do Sul era uma nação destruída pela violência xenófoba e muitas pessoas afirmam que, sob as aparências, ainda estão tensões. Por este motivo, aproveitando a oportunidade do Mundial, queremos oferecer ao mundo uma mensagem de tolerância”, destacou Lancelot Thomas, coordenador local de Damietta Peace Initiative na África do Sul.
“Enquanto no Mundial as seleções nacionais se enfrentam umas às outras, nós, no nosso campeonato, queremos que as nossas equipas experimentem a amizade e a humanidade comum das equipas mistas. Todas as equipas que participam estão sedeadas na África do Sul, mas representam vários grupos de refugiados. O critério principal para poder jogar é ter equipas formadas por jogadores de diversas nacionalidades”, acrescentou Thomas.

“O Mundial de Futebol pela Paz - explica - segue a ideia de alguns grupos de paz que impulsionamos na Nigéria, após a etapa de violência religiosa que este país viveu em 2008. Nesse caso, a ideia consistiu em mesclar muçulmanos, cristãos e animistas na mesma equipa, para comprovar o que significa ter um companheiro de equipa que, por sua nacionalidade ou crença, estava a ser considerado inimigo. Foi um grande êxito.”
“Toda África do Sul e o mundo estão sob a febre do futebol. Ainda que as equipas compitam umas contra as outras, esperamos que a paz e a construção de relações interculturais sejam as vencedoras do dia”, concluiu Thomas.

Fonte.



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