[É certo que este post deveria ter sido escrito há uns dias atrás, mas impedimentos temporais não nos deixam escrever tudo aquilo que queremos, sempre que queremos!]
Ora bem vamos lá tentar situarmo-nos no espaço e já agora no tempo.
A petrolífera francesa Total, decidiu contratar uma empresa italiana de trabalho temporário, de nome IREM para a realização de uma obra no valor de 200 milhões de libras. Esta empresa tendo por base a exploração capitalista à escala mundial vai buscar os menos qualificados e aqueles que estão dispostos a fazer muito por pouco, que dentro da velha europa são precisamente os italianos e portugueses.
Os factos são:
Uma petrolífera francesa.
Uma empresa de trabalho temporário italiana.
Uma taxa recorde de desemprego na UE.
Globalização da economia.
Depois disto vieram os "british´s" para a rua reivindicar trabalho inglês para trabalhadores ingleses. E do alto da sua irrogância ainda dão a cara para dizer - pelo menos o Sr Whitehurst que negou quaisquer motivos «proteccionistas, xenófobos ou racistas».
Pois é logo os nossos amigos ingleses que recusam por motivos proteccionistas o alargamento da zona euro ao seu território. Logo os nossos amigos ingleses que não estão dentro do espaço Schegen para evitar a invasão do seu país por outras cores e culturas - diga-se que vivem numa cultura xenófoba e racista.
A verdade é que a exploração do homem pelo homem é sempre má, mas é preciso haver um peso e uma medida e ter o descernimento de separar o essencial do acessório. A exploração é sempre exploração, só por si, cabe aos trabalhadores terem a cabeça no meio dos ombros e não afastarem outros só porque são portugueses ou italianos e "nós" britanicos estamos sem trabalho.
Se fossemos a ser rigorosos (isso, acho que nem antes da globalização era possivel) a petrolífera francesa Total deveria apenas ter trabalhadores franceses e já agora não deveria ter postos de exploração de petróleo em território inglês, ainda que em território francês (tanto quanto sei!) não haja petróleo!