Não podendo mudar tudo do mundo num único instante… poderemos dar pequenos passos rumo a um mundo melhor para todos
Sexta-feira, 13 de Março de 2009

Já ninguém parte do Tejo

Para dobrar bojadores

Agora olho e só vejo

Contentores contentores.

 

E do Martinho Pessoa

Já não veria o vapor

Veria a sua Lisboa

Fechada num contentor.

 

Por mais que busques defronte

Nem ilhas, praias ou flores

Não há mar nem horizonte

Só contentores contentores.

 

Lisboa não tem paisagem

Já não há navegadores

Nem sol, nem sul nem viagem

Só contentores contentores.

 

Entre o passado e o futuro

Em Lisboa de mil cores

O sonho bate num muro

De contentores contentores.

 

Por isso vamos cantar

O fado das nossas dores

E com ele derrubar

Contentores contentores.

 

Manuel Alegre

publicado por M.M. às 00:08


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