Alex Falco, «Juventud Rebelde»
Um estudo recente do Yale University’s School of Forestry and Environmental Studies refere que a maior parte dos ecossistemas podem recuperar de qualquer dano, se a humanidade se empenhar no seu restauro, em alguma décadas. O estudo é da autoria de Holly P. Jones e Oswald J. Schmitz e aparece na edição de Junho do PLoS ONE.
Jones e Schmitz compilaram informação de 240 estudos independentes desde 1910 que examinam a recuperação de vários ecossistemas após a causa de perturbação — humana ou natural — ter terminado. Estes dados agora compilados pelos dois investigadores referem-se a sete tipos diferentes de ecossistemas terrestres e aquáticos e perturbações que vão desde o desflorestação, furacões, invasão de espécies não autóctones, derramamento de petróleo, industria e pesca excessiva. A maior parte dos estudos foi feita na análise da recuperação de três variáveis: a função do ecossistema, a comunidade animal e a comunidade vegetal.
A maior parte dos estudos confirmaram recuperação total ou parcial das três variáveis; apenas 15 mostram que o ecossistema já não apresentava qualquer possibilidade de recuperação. O tempo médio de recuperação é de 20 anos e, no caso de recuperação possível, nenhum excedeu o meio-século. Os estudos ainda mostraram que causas humanas — agricultura, desflorestação — fazem o tempo de recuperação aumentar.
Jones e Schmitz, no seu estudo, concluem que a recuperação é possível e pode ser relativamente rápida para muitos ecossistemas, o que traz alguma esperança na transição que se pretende de uma gestão global e sustentada de ecossistemas.
Recuperar é possível... depende sempre com as lentes que olhamos o mundo! Depende sempre da vontade de ver essas mudanças no terreno...