Não podendo mudar tudo do mundo num único instante… poderemos dar pequenos passos rumo a um mundo melhor para todos
Sábado, 03 de Outubro de 2009

Há quem considere que viver na aldeia é viver desterrado... É viver na província, como tal, é viver fora da realidade que segundo quem o pensa só poderá viver-se dentro dessa mesma realidade no mundo citadino.

 

Eu não penso assim! Há alturas em que se tem um ataque de saudosismo e aí apetece ir para o meio da cidade mais cosmopolita do mundo, lá onde ninguém conhece ninguém, mas toda a gente parece saber quem é.

Nas aldeias as coisas funcionam a um ritmo bem diferente! Os dias começam com o nascer do sol e acabam com uma conversa animada depois do jantar. A televisão fica para depois do jantar, é raro ligar-se durante as refeições. Aqui nem todos se conhecem, mas procura-se quase sempre conhecer, não só para enfiar o nariz da porta para dentro do vizinho, mas também para que as vivências possam ser partilhadas. Nem sempre se consegue, mas a maioria das vezes é isso que acontece.

 

Aqui também, à excepção das pessoas que julgam viver na civilização citadina, todos têm um pequeno quintal, uma horta, um pequeno jardim. É de lá que vem a grande poupança nos orçamentos familiares.

 

Eu que sempre ajudei os meus pais na quinta, nunca tinha verdadeiramente tido a oportunidade de ser eu a explorar um "cantinho", com todas as horas de trabalho que isso implica! Foi este ano! Sacrificaram-se alguns cafés, alguns fins-de-semana para cuidar do meu pequeno cantinho e valeu-me a sempre pronta ajuda da minha mãe! Comecei por aproveitar um velho bidon de plástico para o transformar numa caixa de combustão para produzir estrume biológico, depois foi só recrutar umas minhocas para as colocar ao serviço. A sementeira é que foi pior, mas para o ano há-de ser melhor, tenho de apurar melhor a mistura de plantas, para não serem devoradas por nenhuma praga, como aconteceu este ano com os tomateiros! Aqui fica uma pequena amostra do que colhi: