Há uns dias que tenho andado a pensar em Dias Loureiro! Os motivos não são os melhores, nem pensaria em tal figura se não fosse este formigueiro que por vezes me invade as pontas dos dedos, quando tenho algo para escrever e ainda não o fiz. Hoje ao ler a crónica do Ricardo Costa no Expresso, não resisto.
«Coitadinho do homem que assinava de cruz nos negócios do BPN!» (expressão ouvida a semana passada na fila dos Correios - elucidativa, não?)
Como diz o Ricardo Costa a trajectória de Dias Loureiro no caso BPN é uma homenagem ambulante ao "fumei, mas não inalei" (atribuída a Clinton).
Há uma coisa que me faz impressão no caso, mesmo muita impressão! Dias Loureiro quando foi à Comissão Parlamentar na AR ou não se lembrava, ou não sabia, ou não tinha acesso aos papéis, ou só foi apanhar sol para outra latitude que não a lisboeta.
Ora bem, este senhor (à quem lhe chame nomes bem piores!), diga-se Conselheiro de Estado do presidente Cavaco Silva foi à AR enrolar os deputados com uma parafernália de frases enroladas, longas e vazias que qualquer conteúdo. Volto a dizer: este Conselheiro de Estado foi à AR (e agora numa linguagem bem brejeira) gozar não só com os deputados, não só com os portugueses, mas com uma das Instituições representativas da República e, já agora, da Democracia em Portugal.
Muito bem temos um Conselheiro de Estado bem intencionado em fintar as instituições democráticas portuguesas, mas há alguém que, por favor, diga a esse senhor para guardar as pernas para outros futebóis?
Já agora demitasse. Quando o caso "rebentou ele deveria ter tido a hombridade e a responsabilidade de proferir um "Obviamente demito-me", no entanto, o amor á cadeira do poder não lhe permitiu, até agora, tomar tal decisão.
Já agora Sr Presidente de todos os portugueses, Cavaco Silva, mostre que de facto é o presidente de todos os portugueses e demita o homem do Conselho de Estado, palhaçosjá há que cheguem no circo, sinto-me mal com uma batata vermelha no nariz, eu e os mais de 10 milhões de portugueses.