Hoje, apesar de cansada, estive a tentar perceber quem iria ganhar as próximas eleições legislativas! Tarefa nada fácil.
Temos dois grandes partidos – PS e PSD – que sempre se alternam na cadeira do poder. Mas parece que cada vez mais os ditos pequenos partidos fazem barulho. À cabeça o Bloco que há uns meses dizia “jamais” à possibilidade de coligações pró e pós-eleições, muito menos para formar governo com o PS. Depois o CDS-PP que parece cada vez mais baralhado não em relação às políticas a adoptar, mas aos cidadãos a seduzir. A seguir, o eterno PCP que me parece mais forte do que há uns anos, mas que continua a ser um partido bastante militantizado, não conseguindo muito apoio fora dessas franjas.
Ora, perante este cenário comecei a tentar construir na minha cabeça cenários possíveis de governo. Temos o PS fragilizado por uma governação gasta e penosa, principalmente nos últimos dois anos – a uma contestação social, juntou-se um cenário económico mundial pouco favorável para a já de si, fragilizada economia portuguesa.
A alternativa óbvia, analisando a alternância política da história da democracia em Portugal seria o PSD. Este partido, ainda que teoricamente forte tem uma liderança fraca, uma senhora inteligente, mas que a meu ver lhe falta ter a noção do país real.
Por isso, não sei quem irá ganhar as próximas eleições. E não havendo uma maioria com capacidade governativa, os cenários possíveis são inúmeros!
Um governo minoritário? Que terá, sempre, à sua cabeça uma faca afiada e que poderá durar 2 anos? 1 ano? 4 anos?
Um governo de coligação? No entanto, quem se coliga a quem? Quais são os partidos que têm nos seus programas pontos de convergência? Que cenários serão possíveis? Um governo de bloco central com dois partidos que tantas vezes governo não vão saber gerir esforços e vão acabar por se cansar rapidamente dessa partilha democrática, pois estão habituados a lutar em lados diferentes das trincheiras. A seguir, consegui imaginar mais dois cenários: um governo à esquerda! E um governo com coligações à direita. À esquerda temos o problema do BE, que na ânsia de se tornar um partido de governo, me parece que poderá meter os pés pelas mãos mesmo nos pontos que, à partida, se poderiam tornar mais facilmente conciliáveis, depois porque sendo um partido do contra, está mais vocacionado para fazer oposição sensacionalista do que para tomar decisões difíceis. À direita, PSD e CDS-PP já deram provas que, mesmo sendo, de direita são capazes de discordar em matérias tão essenciais como a economia ou a segurança social. Perante estes cenário, ou muito me engano ou sendo concretizáveis poderão surgir problemas se as proporcionalidades não forem tão claras como a governabilidade exige.
E pronto! Depois de escrever tudo isto acho que ainda consegui baralhar mais as poucas ideias que tinha claras na cabeça.
p.s. atenção este post não está editado! Qualquer erro ou incorrecção serão corrigidos a posteriori.